Escrito por n. com Qua, 08 de Fevereiro de 2012 17:08
Igualdade Racial mobiliza para audiência preliminar do professor vítima de racismo, nesta sexta-feira, às 14h30
A gestora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Maria de Fátima Beraldo, informa que será nesta sexta-feira (10), às 14h0, a audiência preliminar sobre o caso do professor Valdecido Pereira da Silva. A audiência acontecerá, no fórum de Londrina, na Duque de Caxias, 689.
Maria de Fátima está convidando os representantes dos movimentos que combatem o racismo e o preconceito para estarem presentes, em frente ao prédio do Fórum de Londrina, local da audiência. “As vítimas de racismo e preconceito se fragilizam perante os atos. Precisamos de mobilização para dar força e segurança a elas”, explicou.
Valdecido disse que o apoio da gestão municipal está sendo importante para o direcionamento do caso. “Estou seguro e com forças para lutar”, relatou o professor.
O caso
No dia 28 de dezembro, do ano passado, o professor de História do Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) e mestrando pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Valdecido Pereira da Silva, foi acusado pelo policial civil, Paulo Valério Kwiatkowski, de tentar roubar sua senha bancária.
O professor afirmou que o policial agrediu-o verbalmente, com palavras que remetem ao crime de racismo. No momento da discussão, Valdecido agrediu fisicamente o policial e foi levado preso até o 1º Distrito Policial, onde o policial registrou Termo Circunstanciado de Infração Penal.
Amigos da vítima contataram o órgão municipal para denunciar o caso. Depois de ouvir o relato do professor, o órgão encaminhou o documento para a Procuradoria Jurídica Municipal, para o Ministério Público, para a Defensoria Pública da União, para a OAB e o CDH, que estão prestando assessoria jurídica à vítima.
O Ministério Público determinou à Corregedoria da Polícia a instauração de inquérito policial e esta audiência, que acontece na sexta-feira. O caso está sendo acompanhado também pela secretaria municipal de Assistência Social, no atendimento psicológico ao professor.
O Fórum Intergovernamental de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fipir) decidiu enviar um ouvidor à audiência para acompanhar o caso.
A gestora ainda lembra que denúncia de racismo ou preconceito pode ser feita por qualquer pessoa ao órgão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da prefeitura, pelos telefones 3372-4274 ou 3372-4000.
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